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quarta-feira, 18 de maio de 2011

CARUARU 154 ANOS DE TEATRO



Com um elenco composto de muita demagogia acompanhado do velho discurso do desenvolvimento, da geração de emprego e renda, estamos assistindo a uma peça teatral das mais agressivas à dignidade dos pobres e dos trabalhadores desta cidade. Esta peça teatral mostra uma Caruaru em franco desenvolvimento. Porém, os trabalhadores e a maioria do povo pobre de Caruaru conhecem uma outra realidade, que muita vezes, chega a ser até desumana, como por exemplo, a Feira da Sulanca, o comércio em geral, a poluição sonora, o desordenado avanço imobiliário, a indevida ocupação das calçadas e outros espaços públicos, a forte agressão ao meio ambiente e ao paisagismo.
Até quando esta pobre platéia vai aplaudir o rico elenco de administradores públicos e privados possuidores de um pensamento puramente provinciano? Esperamos que um dia as máscaras desses administradores sejam rasgadas e que o povo pobre e os trabalhadores sejam, verdadeiramente, respeitados.
Em se tratando da nossa economia, temos a feira da sulanca como o setor mais importante. No entanto, o tratamento que todas as nossas administrações já dispensaram e hoje dispensam a todas as pessoas envolvidas com este tão importante setor da economia, é simplesmente desumano, uma vez que, a direção deste espetáculo - Prefeitura de Caruaru - recolhe em torno de R$ 200.000,00 por cada apresentação (feira realizada) e, em troca, oferece a nossa pobre platéia este repudiante cenário:

Ainda dentro da cena econômica, o comércio de Caruaru é apresentado como um importante contribuinte do nosso desenvolvimento. Porém, nesta mesma cena, estão por trás de máscaras, os atores que desfilam em carros importados, que possuem grandes imóveis e altas contas bancárias, tudo à custa de uma pobre platéia representada pelos trabalhadores do comércio, os quais são submetidos à grande exploração.
Impondo a sua ideologia dominante e, apresentando cenas hollywoodianas, a direção deste espetáculo, propositadamente, deixa de levar ao grande palco (aniversário de Caruaru), cenas que retratam o outro lado da nossa Capital do Forró, como por exemplo: o assassinato do Rio Ipojuca, a despreocupação com a saúde e a segurança do nosso povo, a agressão ao silêncio público provocada por carroças de CD’s e carros de som espalhados por toda cidade, a ocupação indevida das calçadas e demais espaços públicos, a desordenada instalação de antenas de telefonia celular e o total descontrole da verticalização imobiliária que agride o meio ambiente e o paisagismo.
O teatro espetáculo, apresentado ao longo de seus 154 anos, sempre mostrou cenas que não deixam dúvidas de que seus diretores, sempre deram à nossa amada Caruaru, um tratamento de uma verdadeira província.

SINDECC – Sindicato dos Comerciários de Caruaru

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