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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Educação: Brasil deve priorizar quatro medidas para obter resultados

Um estudo lançado nesta segunda-feira, 13 de dezembro, sugere ao Brasil priorizar na próxima década quatro medidas para alcançar os resultados esperados na Educação. São eles: a melhoria da qualificação dos professores, o fortalecimento da educação infantil, mais qualidade para o ensino médio e mais eficiência no gasto público em Educação.

O conselho é do Banco Mundial com base nos resultados alcançados pelo Brasil nos últimos anos em Educação. O estudo do Banco indicou que os investimentos ainda não promoveram os resultados esperados, mesmo com a aplicação de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, conforme dados de 2009. Investimento superior ao verificado nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme o relatório.

No entanto, o estudo aponta que, no Brasil, o governo investe em média seis vezes mais em um estudante do ensino superior que no aluno da educação básica. Situação questionada com frequência pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ele já apresentou pesquisa e dados, promoveu debates com os gestores municipais e pautou em diversas mobilizações a necessidade de maior participação da União no financiamento da educação básica, o que permanece inalterado. Na OCDE, a proporção de investimento é de dois para um.

Resultados
Além disso, o estudo destaca que as altas taxas de repetência permanecem – apesar de pesquisas indicarem que a repetição é uma estratégia ineficaz para aumentar a aprendizagem ¬– e o alto grau de corrupção e má administração das verbas da Educação também. Para eles, razões para os baixos resultados alcançados em relação ao custo.

Sobre as políticas que reduziram o tamanho médio das turmas e impuseram aumentos generalizados de salário para os professores, o Banco Mundial aponta que há pouca evidência de que o aumento salarial contribuiu para melhorar a qualidade da Educação. Para melhorar a qualificação dos professores, o Banco Mundial defende a adoção de estratégias para atrair pessoas de mais alta capacidade para a sala de aula, com apoio para formação continuada e recompensa pelo desempenho. Hoje, diz o estudo, a carreira docente se tornou uma profissão de baixa categoria, que atrai o terço inferior dos estudantes do ensino médio.

Políticas eficientes
O Banco Mundial indica como exemplo de políticas eficientes programas de pagamento de bônus para os professores a partir dos resultados alcançados por suas turmas, como os já adotados em Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo e no município do Rio de Janeiro.

A recomendação do Banco Mundial é para que o Brasil aproveite o período de transição demográfica que está vivendo para melhorar a qualidade do ensino, fenômeno que deve impactar notavelmente sobre a população em idade escolar na próxima década. “A redução projetada de 23% no número de estudantes de ensino fundamental corresponderá a quase 7 milhões de assentos vazios nas escolas do país (...). Essa transformação demográfica é uma bonificação para o sistema educacional e permitirá que os níveis atuais de gastos financiem uma grande melhoria na qualidade escolar”, diz o texto.

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