As novas orientações para Aterros Sanitários de Pequeno Porte (ASPP) foram um dos assuntos tratados no curso Aterro Sanitário de Pequeno Porte (ASPP) – Diretrizes para Localização, Projeto e Operação ocorrido no Rio Grande do Sul. De acordo com as informações ressaltadas no encontro, a modalidade de ASPP é uma alternativa para Municípios menores, que podem aproveitar a simplificação da norma para elaborar o projeto e construir o aterro.
As diretrizes para localização, projeto e operação de ASPP foram abordadas durante o curso. Também discutidas as questões relacionadas à disposição final dos resíduos sólidos urbanos em pequenos e médios Municípios, como estudos pré-implantação, tipos de aterros e critérios de operação. E abordado as semelhanças e diferenças entre pequenos e grandes aterros sanitários.
Os ASPP suportam até 20 toneladas de resíduos por dia, o equivalente à produção de cidades com até 30 mil habitantes. O instrutor do curso, engenheiro e professor, Geraldo Antônio Reichert, contou a Agência de Notícias CNM que a simplificação da norma para este tipo de aterro foi publicada em junho deste ano.
Norma Técnica A modificação da Norma Técnica da ABNT NBR 15849/2010, que trata de Resíduos sólidos urbanos, Aterros sanitários de pequeno porte e Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e encerramento, simplificou as condicionantes e tornou o processo de implantação mais simples e barato.
Tecnicamente o engenheiro esclarece: “eles [os aterros] têm como característica uma concepção simplificada do sistema, de menor custo, por meio da redução dos elementos de proteção ambiental, sem prejuízo da minimização dos impactos ao meio ambiente e à Saúde pública”. Segundo Reichert, a expectativa é que a medida acabe com os lixões espalhados pelo território brasileiro. Ele indica que com a simplificação de condicionantes ficou um pouco mais viável aos Municípios cumprir está determinação da Lei de Resíduos Sólidos –12.305/2010. A lei acabar com os lixões a prevê, entre outros desafios, a gestão compartilhada, a ampliação e melhoria da produtividade da coleta seletiva.
Elaboração de projeto No entanto, para a elaboração de projeto e construção de aterros, Reichert avisa que não há uma regra determinante e cada Município é um caso especifico. Os fundamentos do solo, os lençóis freáticos e a quantidade de chuva na região são aspectos fundamentais para a implantação e eles variam de acordo com região, conforme esclarecimentos do engenheiro. A equipe técnica também é fundamental para o sucesso do projeto. “A experiência tem demonstrado que, por falta de manutenção, muitos aterros sanitários acabam virando lixões, com os resíduos dispostos a céu aberto” adianta. Pessoal qualificado para uma boa operação dos aterros, que deve ser permanente, inclusive após sua desativação, informa Reichert.
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