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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Municípios catarinenses ainda têm desabrigados da enchente de 2008

Alguns Municípios catarinenses ainda têm desabrigados por causa das enchentes e deslizamentos que atingiram o Estado, principalmente a região do Morro do Baú, em 2008. A afirmação foi feita por um integrante da Associação dos Desabrigados e Atingidos da Região dos Baús (Adarb), durante depoimento prestado nesta quinta-feira, 18 de novembro, em um seminário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias sobre desastres socioambientais da Câmara.

Esse também é um assunto que preocupa a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Na última semana, a entidade divulgou um estudo para alertar o governo sobre a importância de auxiliar estes Municípios. De acordo com a CNM, Santa Catarina lidera o ranking de pedidos de ajuda emergencial. “Os recursos liberados sempre são reduzidos em relação aos altos valores gastos na resposta aos eventos ocorridos”, critica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

No Morro do Baú, mais um exemplo desse descaso. De acordo com Tatiana Reichert, a representante da Adarb no seminário, o governo local, ao ser questionado sobre o assunto, respondeu que o Ministério da Integração teria liberado dinheiro para a construção de novas habitações. “Mas os recursos nunca chegaram”, afirmou.

Na última década, as catástrofes naturais atingiram mais de 5,2 milhões de pessoas no Brasil. Em centenas de Municípios, quase 1.200 pessoas morreram, e tiveram um prejuízo superior a R$ 6 bilhões. De acordo com os levantamentos realizados pela CNM semanalmente, as inundações são os episódios com maior número de registros no País. Na sequência, aparecem deslizamentos, tempestades e secas.
 
 
Outros EstadosAlexsandra Bezerra da Silva, moradora da região da Mata Sul, em Pernambuco, também participou do seminário. Ela mora numa região onde ocorreu uma grande enchente há cinco meses. Ela questionou qual tem sido o destino das doações feitas por cidadãos à Defesa Civil. “Lemos nos jornais que os recursos estão sendo enviados, mas nunca vemos onde são aplicados”, disse.

São Paulo de Olivença (AM) é outro Município que sofreu com mais um desastre natural, os desmoronamentos, e precisa de ajuda. No mês passado, mais de cem famílias ficaram desabrigadas e, segundo o prefeito Raimundo Nonato, o Município está tentando auxiliá-las com os poucos recursos que possui. “Ainda têm muitas pessoas abrigadas em prédios públicos, mas o Município não pode fazer mais do que já tem feito”, desabafou.

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